Com um inverno, (período chuvoso em nossa região)de poucas chuvas em 2012, as plantações tendem a sentir bastante e muitas delas terem comprometida sua produção em parte ou todo. As chuvas isoladas tem gerado prejuízos às famílias agricultoras, muitos municípios no Piauí já declararam estado de emergência dado a situação de poucas chuvas. Pedro II não se encontra numa situação diferente por isso também já está encaminhando esse processo de emergência.
Nesse processo de desafios da convivência com o nosso semiárido, crescem as necessidades de observar a natureza e com essas observações criar alternativas de conviver com essa realidade.
Nestas circunstâncias reforçam a idéia de que a roça orgânica familiar é uma das saídas concretas em situações como esta. Em visita recente a roça orgânica familiar de seu Oliveira na localidade Barro dos Lopes, acompanhada e monitorada pelos técnicos e alunos/as da Ecoescola observamos a evidente diferença entre a roça tradicional e a roça orgânica, uma ao lado da outra na propriedade. Os legumes da roça orgânica pouco tem sentido a falta de chuva isso devido sua boa cobertura de materiais orgânicos retirados da própria natureza como folhas e pequenos galhos secos.
Essa cobertura faz com que a água no solo evapore menos segurando a terra molhada por mais tempo protegendo mais a planta, com isso ela vai sentir menos a falta de chuva.
Como na roça tradicional não há essa cobertura, o solo seca mais rápido prejudicando a plantação que logo sente a falta de água. A diferença entre as duas plantações está bem visível. Detalhe, os dois modelos de roça foram plantados no mesmo dia e estão uma ao lado da outra.
A roça orgânica familiar vem como alternativa para uma produção mais eficiente com menos trabalho para o agricultor e sem agredir a natureza. O grande desafio é fazer o agricultor que trabalha há anos no sistema tradicional acreditar nesse resultado, mesmo vendo, ele ainda resiste no sistema convencional.
A proposta de seu Oliveira e o pessoal da Ecoescola é mostrar esse resultado concreto e dar uma alternativa viável as famílias do semiárido, para que elas sintam a necessidade de adesão a esse modelo de vivência e assim viverem melhor.